quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

De volta para o meu aconchego

trazendo na mala:
1. Bastante saudade.
2. Roupa suja
3. E algumas certezas:
  • Nem tão cedo quero ver pessoas vestindo branco na minha frente de novo.
  • Preciso ver gente e coisas bonitas urgentemente.
  • Nunca mais quero ter que usar as palavras novas em alemão que aprendi nesse período pelos mesmos motivos.
  • E a moral da história: A gente só sabe quanto de porrada aguenta, depois que leva!

Página virada!

Agora é voltar à minha vida (quase) normal.

Obrigada, de coração, por toda torcida e companhia nesse período.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Da relatividade dos problemas

Ganhei coleguinha de quarto nova, né?

Essa é mulçumana. À princípio, lembro que ao chegar no quarto (fui eu que me mudei para o quarto dela), levantei alguns pontos de interrogação, uma vez que nunca tinha vivido tão próximo a um mulçumano, apesar de serem bem presentes na comunidade estrangeira alemã, inclusive em Berlin.

Convivemos há uma semana e algumas coisas já caíram por terra. Principalmente, porque penso em como ela está se sentindo. Aliás, eu sei como ela deve estar se sentindo. Sou estrangeira também, ora bolinhas.

Só que a situação dela é bem pior. A doença não é tão grave. Mentira, é grave. Mas, as circunstâncias, sim, são bem piores. E isso não tem nada a ver com a sua religião. Não sob essa ótica.

  • Ela é asilante refugiada (asilada? Em alemão é asilante. Viajei na língua agora).
  • Da Somália.
  • Mora num asilo (político) abrigo na Alemanha há um ano.
  • Toda a informação que eu consegui tirar dela foi com muita mímica e palavras soltas, já que ela não fala quase nada de alemão.
  • Tem três filhos de 8, 7 e 3 anos que deixou pra trás com o „Baba“ na Somália. Ela fala árabe. Anotem, na verdade, ela teve 7 filhos, esses são os únicos vivos.
  • Eu perguntei porque os filhos não vieram junto. Pergunta complicada pra ela responder, eu só entendi: "quando eu tiver um trabalho."
  • Os médicos não conseguem se comunicar com ela. Vem um tradutor aqui duas vezes por semana.
  • Vive completamente sozinha aqui. Sem família, sem amigos, sem ninguém do seu país no asilo em que mora.
  • 38 anos.
Perto da vida dela, a minha é uma paraíso. Prometo que dessa não falo mal. =P

Atualização: Asylant, em alemão, é aquela pessoa que pede asilo político, fugiu de um país em guerra etc etc. Não tem a ver com asilo de idosos. No dicionário português, aparece asilado como tradução, só que eu acho que soa errado. Seria, então, exilado?? Alguém de línguas, por favor, pode explicar. Fiquei confusa. hehehehe 
Obrigada pelas contribuições nos comentários, meu povo! ;)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mudando de assunto

Vamos dar uma variada e postar selinho? Esse eu ganhei da Gi láááááá no início de fevereiro (oh really, o mês já está acabando, gente!)



Regrinhas:
  1. Colocar o link da pessoa que ofereceu o selo
  2. Preencher o formulário com as perguntas
  3. Oferecer a 10 blogs e informá-los (vou pular essa, tá?)
  4. Partilhar 7 pensamentos aleatórios sobre você
Perguntas:
Nome da música favorita: Ixi, são tantas... No momento, qualquer uma romântica. Sabe como é, né, saudades...
Sobremesa favorita: Chocolate.
O que me tira do sério: Acharem que eu sou burra. Comigo não, violão.
Quando estou chateada: Xingo muito mermo. E nomes bem feios. Bem feios.
Qual o meu animal de estimação favorito: O que eu ainda terei. ;)
Preto ou branco: preto e branco.
Maior medo: Não reconhecer a medida de "sucesso".
Atitude quotidiana: Repetir o tempo todo "vou me curar".
O que é perfeito: A natureza
Culpa: Nenhuma (até o momento).

Sete pensamentos aleatórios sobre mim:
1. Quero voltar pra casa.
2. Quero muito voltar pra casa.
3. Já posso voltar pra casa?
4. Já cheguei em casa?
5. Quando poderei ir pra casa?
6. Já deu, né?
7. Cansei.

Tá, ok, não deu pra fugir do tema... rsrsrs