segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Bons amigos, boas ideias!

Então que esse final de semana estive num casamento alemão. O primeiro em que vou. A sobrinha de marido casou oficialmente no início do ano e fez a cerimônia religiosa e a festa agora pra poder reunir todo mundo. Porque, claro, ela não podia só casar, ela tinha que convidar família e amigos para o fim de mundo aonde ela mora. Sete horas de carro daqui de Berlin, óia só e ainda na Alemanha.

À princípio, estávamos meio "assim-assim", achando que ia ser uma coisa brega, porque, segundo as más línguas, casamento alemão é meio chato e marido já conhecia outros de outros carnavais. Como eu nunca tinha ido em um, não poderia dizer nada.

Casamentos alemães são famosos pelas brincadeiras que fazem com os noivos ou que os noivos fazem com os convidados. Não tinham bricandeiras nesse, mas boas ideias.

Como a da árvore de desejos, que eu já conhecia, aonde você escreve desejos para os noivos e pendura numa árvore de verdade. Ou numa muda, no caso deles. Essa árvore deve crescer com eles, dentro de casa ou no jardim. E quando eu escrevo árvore, pense em um arbusto, uma palmeira ou coisa assim. Não pensem numa jaqueira ou numa castanheira, façam-me o favor. :)

Outra boa ideia foi o coração de gelo. Os noivos desejaram dinheiro. Aí, os amigos juntaram um monte de moedas e colocaram pra congelar em forma de um coração. Numa estrutura, penduraram o coração e colocaram velas embaixo, para que, no decorrer da festa, o coração fosse derretendo e as moedas caíssem num balde. Representando uma "constante prosperidade".

Mas, a mais legal na minha opinião foi a ideia dos cartões postais. Os amigos juntaram 52 cartões postais, escreveram o endereço do casal e marcaram em qual semana determinado cartão deveria ser mandado. Caberia aos convidados apenas colocar uma mensagem. Assim, no decorrer de um ano, uma vez por semana, o casal receberá um cartão postal com uma mensagem amiga que o fará lembrar de um dia especial em suas vidas. Espero que todos mandem. Eu, claro, peguei o meu.

A festa foi simples, com comida gostosa, um bom ambiente, para cerca de 100 pessoas. Saí de lá bem leve, com a certeza que quem tem amigos criativos e presentes assim, não precisa de muito mais coisas na vida.

Cheers!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Histórias de banheiro (oi?)

Caso 01:
Durante as minhas viagens, já reparei que sempre encontro brasileiros nos trens/vôos/ônibus em que estou. Nessa última viagem não foi diferente. Estava no banheiro do aeroporto quando entram duas brasileiras. Cada uma em sua cabine,  uma grita pra outra bem alto (gritar alto já é redundante o suficiente, né?):
- Olha! A descarga é automática!
Dica: quer comentar, comente. Mas, de pé de ouvido, você nunca sabe se terá um espião por perto. =D

Caso 02:
Num café em Amsterdam, com as "minas", na porta do banheiro do local esperando que ficasse vazio, porque só tinha um. Chega um cara e fala em inglês com a gente:
- Vocês podem usar o banheiro masculino. Aqui na Holanda não nos importamos com isso.
- Está limpo?
- Sim.
- Então, eu vou.
E lá foi a Line usar o banheiro masculino. Ela, viu? Eu, não. hahahahaha

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Um final de semana dutch

Um final de semana prolongado, diga-se.

Então que, como vocês sabem, eu sou uma pessoa muito ousada e se você me convidar um dia para ir na sua casa, cuidado, eu irei!

Não foi diferente com a Line. Há tempos ela comentava para ir visitá-la, há tempos eu dizia que queria ir e enrolava. Até que um dia, mandei email pra ela e pedi que escolhesse um final de semana que ela tivesse tempo para mim. E nesse "impulso", fui parar na casa da Brisa. Porque, é óbvio, que a casa não pertence à Line e seu marido. A cachorrinha é sucesso garantido.

Eu teria uma porrada de histórias para contar dos dias que passei lá. Mas, vou ficar com algumas curtinhas:
- primeira noite, jantando na casa dela, comendo uma melancia docinha de sobremesa, depois de duas taças de vinho, arrumei um jeito "adorável" de descobrir que a Brisa adora frutas. Não entendi meu estado de bebedeira até agora para ter conseguido fazer com que a melancia saltasse da minha mão e se espatifasse no chão. Dizem as más línguas que tem fantasma naquela casa, só pode.
- Amsterdam foi o máximo, se levarmos em conta que passamos mais tempo sentadas batendo papo num museu do que vendo as próprias obras. Até que a Si levanta e grita: "gente, o museu vai fechar!" Muitas gargalhadas, muitas histórias, inclusive daquelas que se conta para os netinhos. (Si, eu sei o que você fez no verão passado! hahaha) Além de chuva.
- Mulher na estação de trem me deixa comprar um ticket que não será impresso sem me avisar, porque ela queria ter a certeza de que a máquina estava quebrada mesmo. Eu não queria estar no lugar dela, quando Line disse poucas e boas. Mulé burra da peste!
- De todas que eu queria encontrar, inclusive a Beth, ficou faltando a Eliana. Do jeito que eu me conheço, capaz de bater na porta dela de surpresa um dia desses. Pois, me aguarde, mocinha.

Foram dias ótimos, conversas maravilhosas e momentos que guardarei na memória.

Ainda mais que as meninas, além de lindas, são suuuuper fofas! Brisa inclusa.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

E quem disse que aqui não tem disso?

Vivendo e aprendendo nessa terra de meu Deus...

Em três anos e meio, posso contar nos dedos a quantidade de vezes que passei por isso. Mas, dessa vez, foi a mais "pedreira" de ser. hahahaha Já devem imaginar o que aconteceu, né? Pois...

Pense num médico. Em um de qualquer especialidade: dentista, ginecologista, proctologista. Ok, peguei pesado, eu sei. A verdade é que, exceto para receber boa notícia, não somos muito fãs de ir ao médico, certo. Eu menos ainda.

E quando eu vou ou volto do médico, sempre tenho a mesma cara. Essa aqui:
Eu diria que é aquela cara que minha mãe chama também de "cara de quem comeu e não gostou.".

Aí, imagine você, uma pessoa com essa cara andando pelas ruas e passa um senhor de bicicleta por ela. Entre ele e ela, só o espaço da bicicleta, porque ele a empurrava na calçada.

Ele passa por essa pessoa e solta um:
- tsc, tsc, süß.... (algo como: ui, ui, docinho)

Véeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiii!?!?!?!?! Na boa?

Eu nem olhei pra ele diretamente. Mas, se olhasse, ela teria visto que a cara lá de cima mudou para uma careta de desprezo que ele não ia gostar, com certeza.

Nada contra receber elogios na rua. Depende do quê e de como, né? Nesse caso, posso dizer que não rolou química.=P

sábado, 7 de setembro de 2013

Pão e sal

É muito provável que eu não tenha contado essa história aqui, porque eu não me lembro e porque eu já procurei nos arquivos e não achei. Então, lá vai:

Quando nos mudamos pra cá, nos idos de janeiro de 2010 e entramos no nosso apartamento, uma das primeiras visitas que recebemos foi a de cunhado. De presente de "boas vindas", ele nos deu pão e sal.

Aí vocês pensam: "What!? Que presente mais doido! O que se faz com pão e sal?" Mas, nãooooo. Explico:

Provavelmente não só na Alemanha, como em outros países europeus (estou chutando pra ver se faço gol), essa tradição existe: quando se visita alguém que acabou de casar ou de se mudar para uma casa nova, costuma-se levar pão e sal. Eu digo "costuma-se", porque meu cunhado foi o único que fez isso conosco e nunca vi em outras ocasiões acontecendo também. Devo ressaltar que cunhado também é um cara conservador? Pois é.

E o que significa ganhar pão e sal? Significa desejar, para as pessoas que recebem, prosperidade e fartura. Legal, né?

Agora, porque será que estou contando essa história mais de três anos depois?

Simples. Porque resolvi ir ali entregar a minha porção de prosperidade e fartura pra essa mocinha aqui e seu marido. Sejam bem vindos na Batatolândia!

Seré que eu alemanizei? :)

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Cuidado com o que se ensina

Eu faço tandem com três pessoas. Duas em alemão/português e outra inglês/português. Enquanto estou "de boa na lagoa" (sei...), vou aproveitando meu tempo assim também.

Essa semana encontrei um rapaz, que já virou amiguinho. Saímos pra tomar um café. Quando saí de casa, estava quente, mas, por via das dúvidas, coloquei um lenço na bolsa.

A tarde, sem muito sol, ficou mais fresquinha e como estou correndo de resfriado como vampiro corre de água benta, coloquei o lenço no pescoço. Daí noto que tinha uma linha puxada. Sabem como é? Eu tentei consertar, achar a origem e ir puxando, até voltar ao mais normal possível.

Estávamos andando, indo em direção à estação, quando ele para no caminho e fala:
- Pera, eu sei qual o problema. Você me ensinou essa palavra.

Abre a mochila, pega o caderninho e procura a palavra que ele diz ter aprendido.

- Achei! Então... err... seu lenço está assim porque é... é... MIXURUCA!

Aí eu acelero o passo e deixo-o falando sozinho. Porque, né? Na próxima, me chama de "bonitinha, mas ordinária".