domingo, 29 de dezembro de 2013

Para 2014

1. Saúde
2. Serenidade
3. Um emprego
4. Viagens
5. Novos amigos
6. Cultivar os atuais
7. Ir regularmente para a academia (Ponto 1!!)
8. Aproveitar os bons ventos
9. Seguir em frente
10. Continuar a minha história

E ser feliz!

Porque tudo faz mais sentido quando estamos em busca da felicidade. Não só quando já somos felizes, mas quando estamos no processo, na caminhada. Só precisamos aprender a olhar a paisagem e valorizar os tropeços.

Que 2014 seja o ano do otimismo e da garra!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Feliz Natal, meu povo!

Muita coisa boa, muito amor e muita fé em dias melhores!

Em breve, voltaremos com a programação normal! :)

sábado, 21 de dezembro de 2013

Quando a criança é o marido

Aviso a marido que vou sair com uma amiga.
- Vocês vão aonde?
- Naquele italiano que te falei, lembra?
- Aquele? Mas, eu queria ir lá pra conhecer com você.
- Ahhh, mas eu mostrei para essa amiga primeiro.

Aí ele olha para mim com a cara mais fofa possível:
- Você deixa eu ir? Afinal, é Natal!

Sabe aquele argumento que criança usa para ganhar presente? Pois...

Eu disse que perguntaria à minha amiga. Escrevi pra ela:
- Se ele não puder ir, sem problemas. Eu digo a ele que ele não se comportou bem durante o ano e por isso vai ficar em casa.

E ela:
- Diga a ele que ele pode ir. Que ele tem um incentivo para se comportar melhor no ano seguinte.

Eu tenho um marido fofo e uma amiga que entra na brincadeira. :)

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Meu 2014 já começou

Porque eu sou agoniada e a vida é curta. Mentira, gente, não é bem assim. Se tem uma coisa que aprendi esse ano foi a ser paciente. Aquele ditado "é devagar que se chega ao longe" faz mais sentido pra mim hoje. :)

Claro que eu não virei o exemplo da paciência. Quem for, tipo, monge do Tibet, favor levantar a mão. Pois...

Negócio é que estou investindo na minha saúde. É aquela coisa: depois que a gente perde algo é que aprende a valorizar, né? Pois²... Desde o meio desse ano estou cuidando um pouco mais de mim, da mente e do corpo. Durante os últimos cinco meses fiz um acompanhamento com uma fisioterapeuta, indo para aquelas "ginásticas para velhos", sabem como é? Pois³... Só que a mordomia acabou e agora a coisa é mais séria.

Esse lenga-lenga todo só pra contar que me inscrevi numa academia perto da minha casa. Já assinei o contrato, já fiz avaliação e essa semana fecho o meu plano de treinamento. Ainda não posso pegar pesado, claro. Nem quero. Meu objetivo é manter o corpo equilibrado, ir aos poucos, devagar e sempre. (Eita! Hoje estou cheia de clichês. Alguém me segura!)

E para me motivar, estou no esquema "Projeto verão 2014" (que aqui é em junho, tá?). Tenho uma amiga que anda de bicicleta para cima e pra baixo, inclusive na neve e no frio negativo. Minha promessa é de conseguir fazer passeios com ela no verão. Berlin tem lugares tão lindos para se visitar. Quero ser capaz de andar quilômetros sem colocar os bofes pra fora. Esse é o meu objetivo. Se, como efeito colateral, eu ganhar uns músculos e pernas firmes, não vou reclamar. hehehehe Mas, vejam bem, são 6 meses de investimento.

Até lá, vida que segue, né?

sábado, 14 de dezembro de 2013

Das desvantagens e suas soluções alternativas

Chega o final do ano e a saudade aperta. Natal na cidade dos meus pais é muito mais legal! A família toda reunida, primos, tios, agregados, cachorros, papagaios, piriquitos e aquela farra. O pessoal que já mudou de estado viaja pra lá, nem que seja pra passar só a noite de Natal. Fazem a festa e vão embora.

Eu adorava, não perdia uma. E as fotos mais palhaças eram minhas e de um tio igualmente palhaço. Os anos que passei Natal aqui na Alemanha foram sem graça. Ano passado, para eu me sentir um pouco mais perto, ligava pra lá o tempo todo e meu irmão, que mora em SP, mas estava na Bahia com a família, deixava a webcam ligada e eu me sentia lá, na sala, fazendo parte.

Depois do São João, essa é a época do ano em que eu sinto mais falta de estar com a minha família. Dessa vez, adicionando o fato de que eu tenho um sobrinho que ainda não conheço pessoalmente. Dói vê-lo crescendo, aprendendo a falar meu nome, sem eu nunca tê-lo pego no colo. Um ano e meio já, daqui a pouco casa. rsrs

Mas, aí, esse ano eu resolvi que meu Natal não seria apenas quatro pessoas jantando, trocando presentes e indo dormir. Eu decidi que eu ia ter minha família por perto, do jeito que fosse possível. Aí, chamei pessoas que também estariam sozinhas na noite de 24 e faremos um Natal à brasileira. E o melhor de tudo é que outras pessoas também aderiram espontaneamente. Será uma noite internacional, cheia de comida, música, brincadeiras e alegria.

Nesse dia, meu coração estará mais quente e eu terei a certeza que o de outras pessoas também.

E as melhores fotos serão as minhas! Rá!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Olhares indiscretos

Saí pra jantar com marido. Fomos a um restaurante típico alemão, para chegar à conclusão que marido cozinha muito melhor e a comida dele é muito mais gostosa. : )

Sentamos em frente ao bar. Sabem como é? Pois. Tinha algumas pessoas esperando que as mesas ficassem vazias e outras só bebendo mesmo. Provavelmente, clientes já conhecidos do local. Até que eu percebo um senhor me olhando. Ele olhava, olhava... E eu olhava de volta e ficava me perguntando qualédemermo desse cara.

Aí, a cena mais patética que poderia acontecer comigo, claro, aconteceu. Por que, né? Eu sou a pessoa que atrai essas coisas, só pode.

Acompanhem comigo:
O senhor estava sentado no bar. Eu conseguia perceber que ele estava me olhando, porque pra olhar na minha direção, ele tinha que virar o corpo.
Determinado momento, a criatura pega um jornal e coloca em frente ao rosto. Sabe aquela coisa de espião em filme? Não era nem assim.
Interpretação zero. Porque ele continuava olhando pra mim. E para isso ele tinha que abaixar o jornal. Aí, como ele fazia? Abaixava o jornal como se fosse uma criança naquela brincadeira de "Cadê Fulano? Achou!"
Não posso esquecer do sorriso no rosto. Que nem era bem um sorriso, era sei lá o quê. Em alemão, eu chamaria de "Grinsen", mas também não chegava a tanto.
Falei pra marido. Marido olhou, percebeu e ficou encarando o senhor. Jacaré parou de olhar? Ele também não.
E a cena de abaixar o jornal se repetia. Eu querendo só comer em paz e conversar com marido.
Até que terminamos e resolvi causar um infarto no "véio". Marido segurou minha mão e eu:

- Quer saber? Me dá um beijo que esse cara vai cair da cadeira agora.

Tasquei um beijão no marido. E acho que o senhor só não escorregou pra debaixo da cadeira porque não tinha espaço.

Agora vê se pode? Eu, hein?

domingo, 8 de dezembro de 2013

Debaixo d'água

Não, não é sobre a tempestade que vou falar. Vou falar de um mico que passei e que tive a memória refrescada por conta das chuvas mesmo. rsrs

Lembram que fui para a festa de um amigo de marido? Então. A cidade aonde foi a festa era perto de Hamburgo. Passamos por lá e almoçamos com as lindas Mel e Bruna. Oi fofíssimas! :)

Na volta, resolvemos novamente passar pela cidade, marido queria poque queria me mostrar o porto e passar por um bendito túnel. E eu:
- Mas, marido, o que tem de especial nesse túnel.
Ele:
- Tem 5km.
Eu:
- E daí?
Ele:
- Amor, tem 5 km de extensão e o túnel é debaixo do Rio Elba.
Eu:
- What? Você vai me fazer passar por debaixo d'água durante 5km?

Tarde demais. Lá estávamos nós no bendito túnel. Foi me dando uma claustrofobia, eu já estava quase hiperventilando.

- Eu não acredito que eu estou embaixo de um rio. Ai, meu Deus, e se essa p$§%&! desaba e a gente está aqui embaixo? Não vai acabar, não? Me tira daqui!!

E marido que é muito sádico, só pode, se acabava de rir do meu "xilique". Quando, enfim, saímos, eu não sabia se ria de alivio, se pulava no pescoço de marido ou se achava a experiência uma coisa maravilhosa.

Condenem-me. Eu sou matuta mesmo. Hunf!

P.S. Eu pesquisei e sei que o túnel tem, na verdade, pouco mais 3km. Mas, ó, não muda nada. Na-da!
P.S. do P.S.: Vocês já sabem: nada de Eurotúnel pra mim.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nunca na história desse país...

Desde que eu vivo aqui, passei por uma tempestade dessas.
Já encarei sensação térmica de -15 graus.
Já encarei granizo, de dentro de casa. hehehe
Já encarei chuvas fortes.
Mas, essa é primeira vez que vou dormir e o mundo está se acabando, acordo e continua se acabando.
As escolas em Berlin tiveram ponto facultativo hoje.
Linhas de metrô e trem não funcionam por conta de árvores caídas nos trilhos.
Telhados saíram voando por aí.
E as ferinhas de Natal, coisa triste, fechadas. Imagino o estrago que as barraquinhas sofreram e o prejuízo dos donos?
Eu sei que para tudo nessa terra tem seguro, mas né?, quem é que quer ter que acionar seguro por conta disso?
Eu olho pra janela e só vejo o vento. E vento se vê, D. Eve? Mas, olhe, se o vento estiver carregado de flocos de neve, com certeza! Dá pra ver velocidade e direção. Assusta.

Assim passei a manhã de hoje: contemplando a força da natureza.

Espero que ela dê uma pausa. De longos meses...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Alemanha, a terra das possibilidades?

Eu tenho recebido alguns email ultimamente sobre o sonho de muitos de virem para Alemanha, recomeçar a vida.

Eu tenho vários exemplos de gente que veio pra cá, inclusive com uma pitadinha de incentivo meu, que se deram bem, gostam do país e estão refazendo seus caminhos. Claro que não sem as dificuldades que todos enfrentamos numa mudança dessas.

Alemanha é um país bonito, com uma política social bacana (mas não sem furos) e com um mercado de trabalho atraente para quem é da área de tecnologia e engenharia. Só que, sinceramente, peca em empreendorismo. Não há um mercado interessante para se abrir pequenas empresas, a não ser o boom de Start ups que acontece aqui em Berlin, por exemplo. São empresas de tecnologia que surgem com uma ideia maravilhosa, conseguem "patrocinadores", mas que, se não decolam em 5 anos, a tendência é fechar mesmo.

Tem trabalho em outras áreas? Tem. Só que é difícil de encontrar. Há os empecilhos. Se você não tem visto de trabalho, você vai ficar sempre na linha do "ilegal". Eu nem preciso falar que os salários, nesses casos, são ó
A diferença é que dá pra viver com pouco por aqui. Claro, se seu nível de expectativas não for tão alto e se não achar que quem vive na Europa é, automaticamente, rico. Não é bem assim. É que a percepção de qualidade de vida aqui é outra. Por exemplo: eu não abro mais mão da liberdade de andar sozinha, às 22h, em Berlin, sem a sensação de estar sendo seguida, ou mesmo correndo risco de vida. Uma vez sentido isso, não se quer perder mais. Em compensação: esqueça empregada doméstica, babá, pedreiro-faz-tudo. A não ser que a renda de casa sobre. Aí dá. Quando se muda de país, há sempre uma perda, mas os ganhos (qualidade de vida, segurança, infra-estrutura, sistema de saúde), no meu caso, compensam.

Eu reclamei do inverno no último post. Mas, em alguns dias, já estarei adaptada às temperaturas novamente. Tem gente que não aguenta de jeito nenhum. Aí, o inverno passa a ser um ponto negativo. Uma questão de perspectiva.

Vir pra cá pra tentar a sorte assim, sem planos, não é legal. A não ser que você fale alemão, tenha um visto (ou perspectiva de) e dinheiro guardado para arriscar. Mas, olha aí, isso já é um plano. Porque, diferente de outros países na Europa, a língua é importante aqui. Tem gente que trabalha falando inglês? Tem. Mas, são casos raros. E a maioria na área de tecnologia. Porque oi? Códigos de programação (Java, C#, Delphi) são universais.

Encontrou o homem/a mulher dos seus sonhos e quer vir pra cá? Venha! Case! Seja feliz com seu amor. Agora saiba que há muito o que se fazer para ser feliz fora do casamento. Aprender alemão, procurar e arrumar um trabalho, se adaptar à nova cultura etc. Eu acredito em histórias de amor e dou o maior apoio. Não há nada mais forte que o amor para se vencer barreiras. Eu sei. Sinto na pele há 10 anos. :)

A diferença está na cabeça, nas expectativas, em como você escolhe viver suas escolhas. Eu escolhi ser feliz, aonde quer que eu esteja e tento fazer do lugar aonde estou, o melhor lugar para viver. Não é à toa que eu escrevo um blog para rir. Ninguém disse que seria fácil, mas eu aprendi cedo a rir de mim mesma. Melhor exercício de autoconhecimento.

Querem vir para Alemanha? Venham. Mas, venham de pé no chão, tá?

Caso queiram continuar me escrevendo, fiquem à vontade. O endereço de email não está ali por acaso. Eu irei responder, mesmo que demore. :)

Boa sorte para nós! Sempre!